Estude para as fases do CACD simultaneamente

maio 5, 2024

Ler, escrever, resumir, traduzir e verter. São “somente” essas as habilidades que você precisa dominar para vencer o Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata, o CACD. Elas poderiam ser agrupadas, para fins didáticos, em três categorias — leitura, resumo e escrita. Dito assim parece simples. Entretanto, quem estuda para o concurso sabe que harmonizar essas demandas é uma tarefa intrincada e nada trivial, já que cada fase do CACD tem suas peculiaridades: uma etapa objetiva, que avalia a proficiência em leitura e em interpretação de textos, e duas etapas discursivas, que avaliam a qualidade da produção textual e a capacidade de síntese em quatro idiomas. Note que a fase objetiva tem um peso relativo menor em comparação às etapas que premiam necessariamente a proficiência escrita do candidato. Quer ter chances concretas de aprovação? Estude para as fases do CACD simultaneamente.

Um (mau) hábito clássico entre CACDistas é supervalorizar o treinamento para a fase objetiva do concurso, um fenômeno que o diplomata Marcílio Falcão, criador do Grupo Ubique, chama de “têpêessismo”. Como a meta é “passar no TPS”, a estratégia consiste em assistir a videoaulas, em detrimento do estudo da bibliografia, e em deixar a escrita “pra depois”. De fato, a primeira fase é incontornável: sem vencê-la, ninguém poderá mostrar à banca a excelência argumentativa, que define, em última instância, a aprovação. Por outro lado, limitar-se ao estudo das objetivas é insuficiente para passar no CACD. Portanto, há que se estudar para as provas de modo coordenado e simultâneo, ao longo de toda a preparação.

CACDistas que privilegiam o input costumam passar nas fases objetivas, às vezes com notas altas, ano após ano, mas não “emplacam” nas discursivas, porque a escrita ficou em segundo plano. Geralmente, quando começam a treiná-la com afinco, os resultados tendem a aparecer algumas edições depois. Donde se conclui que a escrita tem um papel primordial e insubstituível na preparação estratégica de qualquer CACDista. Não basta acumular conteúdo; é necessário transformá-lo ativamente em textos irretocáveis aos olhos da banca.

Assim, procure construir uma rotina de estudos que abranja as diferentes habilidades cobradas no conjunto das provas, pois a preparação faz mais sentido quando contempla as tarefas de ler, escrever, resumir, traduzir e verter concomitantemente. E os estudos, evidentemente, precisam estar alinhados com tal propósito. Para isso, a estratégia é:

— colocar as leituras como prioridade;

— usar as videoaulas apenas como complemento;

— criar excelente resumos, que serão seu material de revisão;

— revisar frequentemente os assuntos;

— escrever todos os dias sobre o que leu.

E a resolução de questões, não entra na equação? Esse tema será abordado oportunamente. Por ora, lembre-se: CACDistas que fazem da escrita um hábito regular apresentam menos dificuldade nas etapas discursivas, que são o diferencial na aprovação.

E você, já escreveu bastante hoje?

Bons estudos.

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Foto: Sigmund on Unsplash

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