O CACD não precisa doer

maio 5, 2024

O CACD não precisa doer para você sentir que merece ser membro da casa de Rio Branco. Já desenvolverei essa ideia. Mas antes, observe as afirmações:

No pain, no gain”.

Se não dói, é porque não está sendo eficiente.

Você tem que sentir dor para conseguir o que quer.

Se não doer todo dia um pouquinho, não está bom.

Sem sofrimento não há resultado.

Assertivas assim, taxativamente intimidadoras, beiram a violência. Todavia, elas são repetidas como mantras nas academias e — pasmem! — no universo dos concursos públicos. E é óbvio que são daninhas à autoestima de muita gente, que passa a acreditar no sofrimento, no desconforto e na dor como parâmetros de sucesso. A preparação pode ser agradável como um passeio de balão em dia de céu limpo. Ninguém tem que sofrer para merecer o que for — seja um amor verdadeiro, um corpo malhado, uma promoção no trabalho ou uma aprovação no CACD.

Qualquer pessoa comprometida e focada eventualmente terá sucesso no CACD. Basta sentar-se com seriedade, expor-se à teoria, fazer anotações, revisar, exercitar, corrigir e recomeçar o ciclo. Esse círculo virtuoso e equilibrado — em que sofrimento e dor não cabem — conduz à aprovação. É evidente, no entanto, que uma preparação de longo prazo é feita de avanços e retrocessos. Os temidos retrocessos, porém, nada mais são que pausas providenciais para uma fase posterior de renovação. Pausas — desde que ligeiras — são oportunidade de recobrar a energia e o ânimo para dar continuidade ao projeto.

Agora leia com atenção:

 Ninguém precisa sofrer para passar no CACD. Repita a afirmação:

O CACD não precisa doer para você sentir que merece ser membro da Casa de Rio Branco.

Se a dor e o sofrimento aparecem durante a preparação, eles resultam de uma avaliação pessoal equivocada acerca de si; acerca do concurso; ou acerca da concorrência. Em todos os casos, é providencial ajustar as expectativas e as lentes. E se o problema persistir, procure ajuda especializada.

Você já merece, CACDista. Já tem tudo de que precisa e está trabalhando da melhor forma possível para corrigir os pontos fracos. A dor e o sofrimento não são parâmetros para merecimento. Estude sem se esgotar, respeite seus limites e dê o seu melhor com foco, constância e, principalmente, sem pressa.

Desejo-lhe bons estudos e sucesso. Sobretudo, lembre-se:

Não é preciso sofrer para merecer uma vaga no IRBr.

(Foto: Unsplash)

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