Passo a passo dos mapas mentais para o CACD

dezembro 3, 2024

Quer aprender a colocar suas ideias de forma vibrante e colorida no papel e a preparar um material precioso de revisão? Assista ao vídeo que aparece aí embaixo e aproveite para anotar o passo a passo dos mapas mentais para o CACD.


1 Domine o assunto de referência.

2 Delimite bem o espaço da folha.

3 Insira uma imagem central e um título.

4 Defina a estrutura visual do seu mapa: troncos e bifurcações.

5 Escolha as palavras-chave.

6 Escolha as cores mais loucas e vamos colorir!


A seguir, os desdobramentos de cada tópico:

1 DOMINE O ASSUNTO DE REFERÊNCIA

É fundamental que você defina o conteúdo a ser mapeado e que forme uma visão geral do assunto antes de “colocar a mão na massa”, ou melhor, no mapa!

Mas, Pupila, e se eu ainda não tiver muita certeza de que uma informação é relevante para entrar no meu mapa? Faça o esboço mesmo assim.

No futuro, você vai fazer novas leituras sobre o mesmo assunto e talvez reavaliar o seu ponto de vista. Se sentir necessidade de complementações, você poderá fazer mapas menores, como se fossem “tags”, e daí acrescentá-los às informações originais. Ou pode simplesmente usar o verso da folha!

2 DELIMITE BEM O ESPAÇO DA FOLHA

Para fazer o seu mapa mental você vai precisar de uma folha posicionada na horizontal, de um lápis ou lapiseira e de uma borracha. As cores entrarão mais tarde, porque a fase inicial é só um rascunho em preto e branco mesmo.

Recomendo que o seu papel seja um pouquinho mais encorpado do que o sulfite comum, porque você vai rabiscar e apagar bastante até chegar a um produto final. Mas se não for possível, serve o papel padrão.

Essa folha que uso é de tamanho A3 e é bem espaçosa. Mas você pode usar folhas maiores, como cartolinas, para grandes volumes de conteúdo, ou menores, de tamanho A4 ou A5, para menos conteúdo ou para pequenos recortes de um conteúdo mais amplo.

A ideia do mapa é que você tenha a visão panorâmica do seu próprio pensamento. O mapa será a materialização das relações de sentido que o seu cérebro traçou sobre um determinado assunto. Não é o máximo, cacdista? Uma fotografia do seu próprio entendimento do tema! Sensacional!

Eu divido a página em quatro quadrantes e depois defino um espaço para a imagem central. Dá pra fazer à mão livre ou você pode medir, assim como eu estou fazendo, como uma régua, ou mesmo usar um esquadro, se preferir.

3 INSIRA UMA IMAGEM CENTRAL E UM TÍTULO

Na minha folha eu deixei mais ou menos 4 cm em cada quadrante, a partir do centro, tracei um losango e por fim um círculo.

Como você vai apagar muito, é sempre bom fazer traços bem suaves e não forçar muito o grafite para não manchar.

Nesse espaço central entrará a imagem que você escolheu para representar o tema do seu mapa. No meu caso, desenhei um dos símbolos da Declaração Universal dos Direitos do Homem, um dos produtos finais da primeira fase da Revolução Francesa.

Você pode optar por colorir a imagem agora ou no fim. Eu não sigo um padrão rígido; tudo depende do fluxo intuitivo. A partir da imagem, escreva um título curto e objetivo, de preferência como no edital: Revolução Francesa. Capriche no desenho da letra, para ela chamar bastante a sua atenção. O criador do método recomenda que você use até 4 cores para definir o título e a imagem central.

Duas orientações importantes sobre o uso de imagens e desenhos: em primeiro lugar, o mapa é imagético, é uma fotografia do encadeamento das suas ideias.  Fotografias são imagens! Logo, siga a lógica da ferramenta: sempre que você puder desenhar, em vez de escrever, desenhe. Por exemplo, desenhe uma moeda e uma bolinha pintada nas cores da bandeira da França em vez de escrever “economia francesa”; ou use o ícone de uma bomba acesa e a bolinha com as cores do país, em vez de escrever (guerra do ou com o país tal).

A segunda orientação é: use e abuse de ícones. Os traços de um ícone são simples de rabiscar e supereficientes em termos de comunicação. Como os ícones são universais, o cérebro os identifica com muita facilidade e, por isso, eles são ótimos gatilhos de memória.

Experimente jogar aí no Google a expressão “French Revolution icons” e comece já a desenhar os seus. Simplicidade e minimalismo são as palavras de ordem na construção dos mapas artesanais.

4 DEFINA A ESTRUTURA VISUAL DO SEU MAPA: TRONCOS E BIFURCAÇÕES

Os troncos ou braços do mapa serão os subtópicos dentro do assunto: “condicionantes”, “características”, “causas”, “consequências”, “efeitos colaterais”, por exemplo.

Depois de definir os troncos, você perceberá os galhinhos que se bifurcam a partir deles; por exemplo, o braço das “condicionantes” pode se subdividir em galhinhos de “geográficas”, “políticas”, “sociais”, “econômicas”, “étnicas” e daí por diante.

Eu costumo organizar os troncos por relações de sentido, de acordo com o meu entendimento do tema, mas você pode escolher seguir o sumário do capítulo do livro, se achar mais prático.

Cada tronco deve ter a palavra-chave, a raiz que o define, e tudo o que fizer parte dele deve ter a mesma cor.

Além disso, os troncos sempre partirão da imagem central, como numa uma árvore. (Só que, no nosso caso, uma árvore de ideias!)

5 ESCOLHA AS PALAVRAS-CHAVE

Escreva, idealmente, uma só palavra ou uma só expressão-chave por tronco e uma em cada bifurcação de segundo, terceiro e quarto níveis. Para quem não sabe, “expressão” é a denominação dada a um segmento contém mais de uma palavra.

As ideias vão se desdobrar e você precisa gravar uma quantidade muito grande de informação, por isso as palavras-chave serão o gatilho da sua memória de longo prazo. Em vez de escrever frases inteiras, corte tudo o que for acessório: artigos, numerais, verbos de ligação, preposições. Privilegie os substantivos e os verbos de ação, que costumam ser o coração das sentenças que escrevemos. Assim, em vez de Robespierre foi o líder da segunda fase da Revolução Francesa, abra 4 galhos e escreva: 1. Robespierre; líder; revolução; F2 (nessa ordem). Se quiser, desenhe uma bolinha ao lado da palavra “revolução” e pinte-a com as cores da bandeira da França.

Estamos quase terminando. Agora

6 ESCOLHA AS CORES MAIS LOUCAS E VAMOS COLORIR!

Quanto mais colorido e lúdico for o seu mapa, mais sentido ele fará para o seu cérebro. Mas é importante obedecer a uma regrinha básica: a cor que você escolher para cada braço ou tronco será a mesma que vai usar para as bifurcações e para o que você escrever nessa seção. Se você escolheu azul turquesa para o tronco das “características”, tudo o que vier na sequência — os galhos e as palavras-chave — deverá seguir o mesmo padrão. Sacou? Cada cor no seu quadrado!

Mas e os ícones e os desenhos que eu fizer vão ter obrigatoriamente a mesma cor do tronco, Pupila? Não! Nos desenhos do miolo do mapa, você pode mesclar quantas cores quiser!

Ufa! Tá pronto um incrível material de revisão, que amor!

Quem gostar da experiência e quiser se aprimorar no assunto, leia o livro Dominando a Técnica dos Mapas Mentais, do inglês Tony Buzan, que é o criador do método, e assista também ao vídeo em que o simpaticíssimo diplomata Marcílio Falcão ensina a fazer um mapa mental sobre o Afeganistão, a partir de uma aula gratuita do Curso de Política Internacional do diplomata Rômulo Neves para o Grupo Ubique. Para fechar com chave de ouro, leia também os seguintes artigos do blog: CACD e Mapas Mentais: 3 erros; 3 razões convincentes para usar mapas mentais na sua preparação para o CACD; e Tony Buzan e Marcílio Falcão atestam: os mapas mentais vão turbinar os seus estudos para o CACD.  

Bons estudos e sucesso!

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